Em 26 de agosto de 1973, o Congresso dos Estados Unidos decidiu que seria a data para se comemorar o Dia Internacional da Igualdade Feminina, em homenagem ao aniversário de 53 anos da 19ª emenda de sua Constituição, que em 1920 permitiu o direito ao voto às mulheres norte-americanas.
Isso foi possível graças ao movimento sufragista, composto por grupos que defendiam a igualdade de direitos entre gêneros e maior participação das mulheres na política, iniciada ainda no século XIX, na Europa.
Mesmo assim, nem todas tiveram a chance de votar inicialmente, pois ainda haviam restrições como alfabetização, autorização do marido,entre outras. Negras e imigrantes também não podiam participar do processo, isso em 1920, o que somente se oficializou em 1964, com a Lei de Direitos Civis.
Aqui no Brasil a luta não foi diferente. As mulheres passaram a ter direito ao voto em 1934, tornando-se obrigatório em 1946, assim como o masculino, sendo um grande passo seguido de outras conquistas como direito a maternidade, leis contra a violência doméstica entre outros.
Elas passaram a ingressar no mercado de trabalho somente com o início do processo de industrialização impulsionado pela Revolução Industrial e com autorização do marido. Porém, em 1962 conquistaram o pleno direito, perante as leis brasileiras, de exercer uma profissão sem autorização de ninguém mais.
Antes disso, as mulheres eram vistas para o casamento e a maternidade. A casa era o único espaço onde deveriam estar e interagir. Infelizmente ainda existem inúmeros casos assim.
É uma luta histórica e que continua, já que a desigualdade de gêneros prevalece em vários aspectos da vida social, principalmente o econômico, com diferenças salariais entre homens e mulheres que desempenham a mesma função. As tarefas domésticas ainda recaem somente para o lado feminino, herança de uma sociedade patriarcal. A violência contra a mulher aumenta a cada dia, mesmo com a criação da Lei Maria da Penha e que é uma grande e importante conquista.
São muitas conquistas, mas ainda estamos longe de sermos uma sociedade com igualdade de gênero. É preciso continuar lutando!
É uma data de reflexão sobre a transformação que ainda deve acontecer para plena igualdade entre homens e mulheres.
Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br