Como nossos antepassados se cuidavam? Sabemos que a evolução da ciência e da tecnologia trouxeram muitos benefícios para a sociedade. Entretanto, também sabemos que o interesse financeiros das empresas com o lançamentos de produtos ditos “inovadores” é grande.
A indústria farmacêutica que é muito forte, tem como um de seus pilares a pesquisa de substancias, materiais e técnicas milenares para aprender e aperfeiçoar. E assim criar o dito produto inovador.
Com a Ayahuasca não é diferente. Ayahuasca vem da junção da palavra Aya ( que significa morto ou espírito) e da palavra waska (que significa cipó) podendo ser traduzido como “cipó do morto” ou “cipó do espírito.
Ayahuasca é uma medicina espiritual tradicional usada por comunidades indígenas na bacia amazônica. É uma bebida feita a partir das folhas da planta Psychotria viridis e do cipó da ayahuasca (Banisteriopsis caapi), que contém o composto alucinógeno DMT (dimetiltriptamina).
O uso não supervisionado foi associado a taxas mais altas de efeitos colaterais negativos. Segundo os especialistas usar ayahuasca em grupos e cerimoniais, especialmente em um contexto religioso, aparentemente protege os usuários de desenvolver efeitos colaterais mais adversos.
Entretanto, os especialistas reconhecem que é difícil avaliar a segurança da ayahuasca usando os mesmos critérios geralmente aplicados a medicamentos mais convencionais, uma vez que os efeitos psicoativos primários de todos os psicodélicos são normalmente vistos como indesejáveis pelos padrões médicos. As práticas da ayahuasca inclui em seus efeitos, experiências desafiadoras intrínsecas ao ritual, algumas das quais são consideradas como parte de seu processo de cura.
Além de seus efeitos psicodélicos, a ayahuasca também é conhecida por desencadear uma intensa purga física, muitas vezes caracterizada por vômitos intensos e, alguns usuários falam que até defecam sem controle.
Para determinar os efeitos secundários da ayahuasca, os especialistas analisaram as respostas de cerca de 10 mil pessoas de mais de 50 países. Os principais efeitos mencionados foram: vômitos, náuseas e dores de cabeça.
Entretanto, é importante esclarecer que o vômito e a náusea são considerados efeitos normais da ayahuasca para usuários experientes. E são procurados ser atingidos por seus benefícios espirituais de purificação e limpeza.
Os efeitos negativos na saúde mental também foram comuns, correndo em 55% dos participantes. No entanto, mais da metade desses eventos adversos envolveu “ouvir ou ver coisas que outras pessoas não ouvem ou veem”, o que é uma consequência normal do uso da ayahuasca.
No Brasil, o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD) decretou, através de relatório, que “Qualquer prática que implique utilização de Ayahuasca com fins estritamente terapêuticos, quer seja da substância exclusivamente, quer seja de sua associação com outras substâncias ou práticas terapêuticas, deve ser vedada. Com fundamento nos relatos dos representantes das entidades usuárias, verificou-se que as curas e soluções de problemas pessoais devem ser compreendidas no mesmo contexto religioso das demais religiões: enquanto atos de fé, sem relação necessária de causa e efeito entre uso da Ayahuasca e cura ou soluções de problemas.
O Órgão Internacional de Controle de Entorpecentes (OICE), órgão de fiscalização independente e quase judicial criado para monitorar a implementação das Convenções Internacionais das Nações Unidas (ONU) de controle de drogas, afirmou em 2001 através de um fax do seu Secretário enviado ao Ministro de Saúde Pública dos Países Baixos que as bebidas preparadas a partir das plantas que compõem a ayahuasca não são substâncias controladas nos termos da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas das Nações Unidas de 1971. Em relatório anual de 2010, o OICE afirmou que há riscos para a saúde no uso abusivo da ayahuasca, e aconselhou os governos a adicionarem a bebida à lista de substâncias controladas em populações onde ocorra o uso fora de contextos tradicionais, como o uso recreativo ou a compra e venda da bebida e das plantas que a compõem
Fontes: