O nosso tão popular café, tem a sua origem no Continente Africano (Etiópia), seguindo para a Arábia, onde era considerada como uma planta medicinal sendo cultuada como milagrosa, usada para cuidar e curar diversos males.
No século XVI, foi levada ao Egito e, mais tarde à Turquia, chegando no século seguinte à Europa, onde o café passou a ser produzido por Inglaterra e Itália , sendo assim consumido por todas as classes sociais.
Um tempo depois, chegou a outros países como Suíça, Holanda, Alemanha, França e Dinamarca.
Segundo Ana Luiza Martins, autora do livro História do Café (2008), os Etíopes ingeriam o fruto como alimento cru, através da polpa doce macerada ou misturavam em banha nas refeições. Utilizavam-se das folhas na preparação do chá e produziam suco fermentado transformando assim, em bebida alcoólica.
As técnicas de plantio e preparação do café foram desenvolvidas pelos árabes, assim como o processo de torrefação (século XIV), onde adquiriu a forma e o gosto que conhecemos hoje e que popularizou a bebida em todo o mundo.
Por ser uma bebida estimulante e com sabor agradável, o café tornou-se um produto rentável, tanto na forma de consumo, quanto nas técnicas de plantio.
A partir de 1450, tomar um cafezinho tornou-se uma tradição, não só em caráter doméstico, como também em espaços coletivos. A Turquia, por volta de 1475, foi a responsável em difundir o “hábito do café”, tornando-o um ato de sociabilidade, sendo o palco do 1º café do mundo e que se propagou mundo à fora.
No Brasil, a origem do café se deu no século XVIII, onde as primeiras sementes foram trazidas da Guiana Francesa em 1727, por Francisco de Mello Palheta e plantadas na Província do Pará.
Anos mais tarde em 1781, a produção de café voltou-se para o Rio de Janeiro e em 1860 para São Paulo, que passou a ser o maior produtor de café do Brasil, chegando então ao final do século XIX como o país que controlava o mercado cafeeiro mundial.
Nos dias atuais, o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mercado mundial, seguido por Vietnã e Colômbia e um grande consumidor.
Por ser uma das bebidas mais adoradas do mundo, seja ele consumido de várias formas ou ao gosto do freguês, o café ganhou uma data especial no calendário mundial: 14 de abril. A origem da data é desconhecida, onde celebra-se o grão que é também conhecido como ouro preto e toda a história que há por traz dele.
Não podemos deixar de ressaltar o quanto o café faz parte da nossa cultura e assim como o futebol, esse grão tão especial e versátil, entra em nossos lares trazendo aconchego através de seu aroma e sabor.
O café nos acompanha em vários momentos do dia e seja em qualquer ocasião, café da manhã ou lanche da tarde, em reuniões de trabalho, encontro com amigos e em família, ele se faz presente. A hora do cafezinho, é sempre bem-vinda e esperada!
Seja no frio ou no calor, de bule e coador, no balcão do bar, em sobremesas e em outras tantas receitas deliciosas, o café se destaca. O hábito de tomá-lo une as pessoas e de uma certa forma, é uma pausa acolhedora nos dias agitados em que vivemos.
Segundo a cultura popular, existem algumas dicas para não alterar o sabor do café:
- Não ferver o pó junto com a água;
- Não requentar o café após o seu preparo;
- Não adoçá-lo quando for conservá-lo em garrafa térmica;
- Conservá-lo em pote fechado na geladeira;
- Não armazená-lo próximo a produtos que tenham cheiros fortes como materiais de higiene e limpeza.
Cada cultura, cada região, tem a sua “receita” de café que segue de geração em geração . A forma de fazer é só um detalhe perto do que ele proporciona entre os povos e isso é que é bacana! Ele é universal… mas e aí, vai um cafezinho?
Fonte: 1- A História do Café de Ana Luiza Martins
3- Coleção UNIÃO volumes 1 e 2